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Fetiche X Fantasia – Voce sabe a diferença?

Embora as palavras sejam semelhantes, é importante saber diferenciar o significado de cada uma delas para não fazer feio no meio.


Resumidamente, podemos dizer que o fetiche é a atração constante por algo específico, seja uma parte do corpo ou um objeto. Já a fantasia, representa o ato de imaginar uma situação que pode (ou não) se realizar.
O fetiche é um desejo sexual no qual o indivíduo precisa de um objeto ou situação específica para ter prazer. Esse objeto pode ser uma peça de roupa, uma parte do corpo, algemas, cheiros, pés, etc. A palavra-chave aqui é necessidade. Sem esse objeto ou situação, o fetichista não consegue chegar ao clímax. Os homens são mais propensos a isso do que as mulheres – e também se sentem, normalmente, muito mais à vontade para admitir que têm um fetiche
Um dos fetiches mais comuns é por pés, também conhecida como podolatria. A simples razão para isto é que a parte do cérebro que controla o impulso sexual é ao lado da parte que controla a entrada sensorial dos pés. Estas peças podem se sobrepor e isso leva a um impulso sexual envolvendo os pés. O sadomasoquismo é outro exemplo, e ele existe principalmente porque as áreas do cérebro que controlam o prazer também controlam a dor.
 
 
Independente do fetiche, é possível que o desejo não esteja relacionado ao ato sexual em si, como conhecemos na versão baunilha. A vontade pode ocorrer pelo contato direto com a parte do corpo (como pés ou mãos), levando à satisfação sexual, ou ainda apenas a adoração e o contato visual.
Por outro lado, as fantasias sexuais, geralmente, servem como válvulas de escape para as frustrações e os limites do dia a dia. Assim, facilitam a entrada das pessoas no “mundo dos sonhos”, onde é possível imaginar as próprias transas ou o que ainda não foi experimentado por você e seu par.
As fantasias sexuais não envolvem a necessidade. Ter uma fantasia sobre algo ou alguém não significa que você realmente precisa que isso aconteça na vida real para obter a satisfação sexual. Em nossas mentes, podemos explorar as experiências que não são possíveis na vida real, mas são incrivelmente excitantes para se pensar.
 
 
O ménage à trois, ou sexo a três, por exemplo, é uma das fantasias mais comuns entre muitos homens e mulheres, mas uma pessoa que tem essa fantasia pode ter prazer sem estar em um trio. Ou seja, ele não depende disso para ter prazer, é apenas uma vontade, uma curiosidade.
Ou seja, se você não precisa realizar a fantasia para fazer sexo ou ter prazer sexual, isso não é um fetiche. Os fetiches não são prejudiciais, assim como as fantasias sexuais, desde que isso seja consensual entre os participantes ou que não atrapalhe a sua vida. Muitas pessoas acabam perdendo o limite entre o fetiche e a obsessão e, neste caso, a ajuda médica é sempre a melhor opção.
É doença?
O fetiche não é um distúrbio, é apenas uma forma diferente de buscar a satisfação sexual. Para ser considerado um desvio psicológico – e assim ser tratado – é preciso que a pessoa recorra ao objeto desejado como se fosse a única forma possível de prazer, causando mal a si mesmo.
Contudo, quem divide suas vontades com outras pessoas precisa tomar cuidado para não provocar constrangimentos. Antes de qualquer coisa, o fetichista precisa aceitar e entender seus próprios desejos, além de encontrar alguém que esteja disposto a dividir os momentos particulares e dar conta de todo esse apetite sexual.


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